segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Falcão Prateado - Histórias de "buzão" na capital paranaense

Gente, que loucura.

Já estamos no 6º período da faculdade. Segundo semestre do terceiro ano. Falta apenas um ano e meio para pegar nosso diploma, olhar para o lindo pedaço de papel e poder dizer: "Você não vale nada mas eu gosto de você".

Nestes anos de faculdade passamos por muitas situações bizarras, divertidas, emocionantes, chatas e desesperadoras, até.

Antes de entrar para a "facul" muita gente me dizia que seriam os melhores anos da minha vida e que eu deveria aproveitar ao máximo. Bem, ainda não aprendi a jogar truco (me recuso terminar a faculdade sem aprender! Voluntários?) mas aproveitei muita coisa boa, com certeza. E entre esses "aproveitamentos" da vida, há uma obrigação diária que tivemos de adaptar para não ser tão difícil: a ida e a volta, de ônibus, de Fazenda Rio Grande para Curitiba.

São aproximadamente 60 quilômetros percorridos diariamente (contando apenas uma ida e uma volta, porque, acreditem, há dias em que fazemos isso mais de uma vez) dentro do ligeirinho (não, não é o ratinho do desenho) "CTBA / FAZENDA", apelidado carinhosamente de "Falcão Prateado".

Nele, já fizemos festa de aniversário, brincadeiras de adivinhação, entrevistas, estudos para prova, confissões, lágrimas e muitas risadas. Até já caçamos baratas, se vocês querem saber. E por estas e outras (boas) histórias, que hoje nosso blog estreia esse novo espaço: "Falcão Prateado".

Sempre que você ver esse nome no título, pode saber que alguma peripécia do trio mais famoso* do ligeirinho está por vir. Aguardem =)

* O trio mais famoso é composto por Ana Flavia, Jéssyca Cardoso e Prisciely do Prado (sei lá, né, vai que ele não é tão famoso assim...)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O "caso" Amy Winehouse. E se fosse com você?

Recebi um e-mail de uma pessoa indignada com a quantidade de homenagens que estão sendo prestadas à Amy, depois de sua morte. O e-mail dizia que a "mocinha" não tinha nenhum exemplo para dar aos "nossos filhos" e que "já devia ter ido há muito tempo".

A mensagem trazia uma sequência de fotos que mostravam o declínio de Amy. Linda no início da carreira, com corpão saudável e estilo gostosona, mas magra, machucada e visivelmente destruída pelo uso das drogas em fotos mais recentes.

Meu choque, no entanto, é perceber a desumanização da pessoa que me enviou o e-mail. Amy foi uma cantora sensacional. Embora o refrão de sua música de maior sucesso, Rehab, fale sobre sua negação em procurar ajuda para se livrar dos vícios, todo o restante da mesma música fala muito mais em se recuperar longe de uma clínica de internação. Ela, inclusive, diz:


I don't ever want to drink again
(eu não quero beber nunca mais)
I just, ooh, I just need a friend
(eu só preciso de um amigo)
Simples assim. Ou alguém acha que uma pessoa presa a um vício não quer se livrar dele?
Não sou psicóloga. Não sei qual é o melhor tratamento para um viciado e tenho consciência de que as clínicas de reabilitação servem, sim, para ajudá-los. Mas, às vezes, a pessoa está precisando apenas de um amigo. Apenas de alguém para ouví-lo. Apenas de alguém para dividir sua vida, com sinceridade. E no caso de Amy, com a fama, o dinheiro e o sucesso, imagino que encontrar uma pessoa assim não seja a tarefa mais fácil.

Voltando ao e-mail recebido, a mensagem dizia que a cantora não tinha nenhum exemplo para dar "aos nossos filhos". Pois é extamente o contrário: Amy não deixa uma lição apenas para os filhos, mas para todas as pessoas. Suas fotos mostram claramente o poder de destruição das drogas. Sua trajetória de vida mostra que sucesso, fama e dinheiro, no fim das contas, não valem nada. E, principalmente, mostram que aquele drogado que você vê com medo ou desprezo talvez esteja precisando apenas de um amigo.

Eu não conheço a pessoa que me enviou o e-mail. Mas gostaria de dizer à ela que se Amy fosse sua irmã, sua prima, sua amiga, namorada ou se simplesmente fizesse parte de sua vida de uma forma mais próxima, você não desejaria que ela "já tivesse ido há muito tempo". Pelo contrário, você desejaria ser o amigo que ela precisou e não teve durante a vida.

Nunca despreze alguém.
Na maioria das vezes, o que as pessoas precisam é de um pouco de atenção.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

É. Tentamos

Não foi dessa vez, gente. Dividi com vocês todo o orgulho de ser finalista e divido agora o desgosto da derrota (nossa, que drama). Brincadeira. Derrota nada. Já tinha dito nos textos anteriores qual era o nosso verdadeiro prêmio e ele continua intacto. A Lu definiu a história toda em uma brincadeira que faz muito sentido, na verdade: "Ganhamos? Ganhamos... ganhamos só experiência" hihi. E é.

Ficamos empatadas em 3º lugar, com a incrível capacidade de empatar com nós mesmas na categoria "Reportagem para televisão" com as matérias "Animais: Amor x Descaso" e "Trabalho Informal". Na categoria "Projeto jornalístico livre" empatamos, também em terceiro, com um grupo da Opet, cujo trabalho chamava "Expressões de Fé".

Mas, no final das contas, foi divertido. O importante mesmo é tudo aquilo que já escrevemos nos textos abaixo (e eu não vou repetir aqui, ok?). É C-L-A-R-O que o que a gente queria mesmo era ganhar. Era pegar aquele troféu (como diz a Suyanne: pra quê que a gente quer aquele troço em casa, né?) e gritar: "We are the champions, my frieeeends!!!" Mas, não foi desta vez.

Um bjo no coração de vocês que torceram, vibraram e ficaram apreensivos com a gente. Quem sabe, ano que vem tem mais. Porque só vamos parar no dia em que chegar o sucESSO (dá licença, deixa eu sonhar?).

=D

@anaflasilva

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um sonho realizado

Só o fato de sermos finalistas do “Prêmio Sangue Novo” já é muito gratificante. Como minha amiga Ana já disse: o sonho de muitos jornalistas é de mudar o mundo, mas quando nos deparamos com a realidade, percebemos que o mundo é quem nos muda.

A maior lição que tivemos no decorrer das produções de nossos trabalhos foi a de ACREDITAR, pois por mais malucas que nossas ideias parecessem, a gente sempre acreditava que tudo poderia dar certo. Nós não escolhíamos o mas fácil e sim o que tínhamos vontade de fazer .

É engraçado afirmar isso agora, mas foi bem assim!

No programa “Você tem Fome de quê?” ficamos mais de uma semana pensando em como montar um “bar” dentro dos estúdios da PUC. Chegamos a fazer orçamentos com marceneiros, fomos em vários locais que faziam locação de móveis, e, no final das contas, com pouco dinheiro e muita vontade, acabamos tendo de nos superar. Uma caixa de madeira com um pano vermelho por cima virou um balcão de bar, umas caixas que eram utilizadas para construção se transformaram em um armário, e grande parte dos utensílios deste armário vieram da casa da nossa amiga Luciane =).

Superação total, nem a gente acreditou no resultado final.

O que acham?

Na matéria sobre os animais abandonados, me lembro que nós mesmos achávamos o tema muito “batido”. Mesmo assim, levamos a ideia para frente. No final, todos se emocionaram com o resultado, até aqueles que não gostavam muito de cachorros e gatos.

Na reportagem especial, que foi sobre o trabalho informal, conhecemos muitas pessoas bacanas que ganham a vida nas ruas da cidade, pessoas humildes que na correria do nosso dia a dia nem percebemos. Dona Lurdes foi uma delas, linda e simpática cativou a todos.

Obrigada a todos que nos ajudaram a conquistar mais esta vitória!

Acredito que o maior reconhecimento que podíamos ter já temos, e a certeza que fica é a de um trabalho bem feito. Com ou sem primeiro lugar tudo valeu a pena.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Somos finalistas!

Na última quarta-feira, 1º de junho de 2011, meu coraçãozinho se encheu de alegria e muito amor. O Sindijor PR (Sindicato dos Jornalistas do Paraná) divulgou a lista dos finalistas que concorrem ao Prêmio Sangue Novo, promovido pelo próprio sindicato, que avalia e julga trabalhos acadêmicos de universidades de todo o estado. Nossa "turma" (apelido carinhoso dado ao nosso grupo de trabalhos pela Prisciely, e que conta também com a Jéssyca, a Bárbara, a Luciane e, recentemente, o Ricardo e o Alex) emplacou três trabalhos em duas categorias à espera da premiação. Tem como não amar?

Rola, é claro, todo um orgulho de estar representando a universidade (além dos nossos projetos, apenas mais dois da PUC foram classificados) e a galera da nossa sala (que fez ótimos trabalhos também e inscreveu muitos, mas não classificaram), mas o mais bonito de tudo isso é que os temas das nossas matérias e do nosso programa são todos de cunho social. Ki Lindo!

Ok, não vamos ser hipócritas e vir com um papinho de "fizemos esta matéria pensando em ajudar as pessoas e blá, blá, blá". Na época, fizemos a matéria pensando em nos ajudar a ganhar notas (briiiinks!). Sem bobeira: as matérias deram muito trabalho e mostram o trabalho lindo de outras pessoas. Acho que é isso que vale, sabe?

Para vocês entenderem: temos uma reportagem (que era pra ser um documentário, mas não rolou muito) sobre animais, outra sobre trabalho informal e, por fim, um programa chamado "Você tem fome de quê?" (não é gastronômico, já, já eu explico).

Na primeira, mostramos a vida de algumas pessoas que dedicam seu tempo, amor e dinheiro no cuidado com gatos e cachorros. Eu chorei em todas as entrevistas. São histórias doidas de pessoas que têm até mais de 2.000 cachorros (sim, isto existe). É também a história da Sociedade Protetora dos Animais, que precisa, MUITO, de ajuda da população com doações de ração, remédios e grana, mesmo. É a história de um senhorzinho muito maldito que tinha lá uns 5 cachorros no quintal já doentes porque ele não limpava os dejetos dos bichinhos há meses, nem dava comida e água direito. São histórias chocantes e fantásticas. E você pode vir com aquele papo de "tanta criança doente em hospital por aí, e vocês falando de cachorro".

Ok, vamos ao hospital.


No programa "Você tem fome de quê?" buscamos entender a "fome" das "pessoas de bem". E lá estão quase trinta minutos de entrevista com o Edran Mariano, o Dr. Zê da Trupe da Saúde, que faz um trabalho incrível nos hospitais de Curitiba. Eles, vestidos de "doutores palhaços", fazem muita família dar risada nos leitos hospitalares, esquecendo um pouco das dores e das doenças. A alegria que eles dividem é linda. O trabalho deles é lindo. E eu nem podia chorar em frente à câmera, porque eu era a apresentadora (mesmo sem escova progressiva - piadinha interna).

E se você ainda achar pouco, a reportagem sobre trabalho informal (que tinha a Jéssyca estreando de repórter - hoje ela é repórter da TV Araucária, bjos) conta um pouco da vida de pessoas que resolveram trabalhar nas ruas por não conseguir emprego formalmente. Uma destas pessoas é a "Dona Lurdes", uma vózinha daquelas que dá vontade apertar, que vive sentadinha no chão da praça Rui Barbosa vendendo isqueiros e agulhas de costura. Também falamos com uns músicos muito gente boa. Conseguimos mostrar algumas realidades tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes da gente.

E isso é que é legal. Quando a gente pensa em fazer jornalismo, vem com aquela utopia de querer mudar o mundo. Logo no primeiro ano de faculdade já se percebe que mal conseguiremos mudar os horários de plantão na redação, quanto menos a cidade onde mora. Não mudamos muita coisa, mesmo, com nossas reportagens, apenas mostramos para os outros. Mas mudamos aqui, dentro da gente, e é isso que compensa. E, se vier um Sangue Novo junto, compensa ainda mais ;)

Torçam por nós, leitores LINDOS!

=D

terça-feira, 10 de maio de 2011

E você? Já errou hoje?




Todos erra. E isto é um meme, antes que venham me corrigir. Todos erram. Todos os dias. E você, inclusive. E eu (e muito!).


O que diferencia os erros é a intensidade de cada um e a forma como as pessoas tendem a lidar com ele. Essa forma, que depende não apenas de uma questão de maturidade, mas também de experiência, pode gerar outros erros mais graves. Eu explico.


Criança. Quebra o copo preferido da mãe. Diz que não viu o copo, nem sabe onde está.


Pronto: feita a bola de neve. Começou com um copo (daqueles de requeijão que trazem a ilustração do Bob Esponja), terminou com uma mentira. Pequena mentira. Mas mentir é um erro mais grave do que quebrar um copo. Mesmo que o copo fosse de cristal.


No dia a dia nós erramos muito mais. E muitas vezes, o erro "é sem querer". É aí que você pode optar por dar umas boas risadas (do tipo: "não acredito que fiz isso, como sou esperta"), ou emburrar, chorar, absorver uma punição drástica (já fui dessas, digo com propriedade sobre o assunto).


Eu ainda entro na máxima de que "quem faz pouco, erra pouco". Logo, se eu termino o dia com uma lista de 3 erros (só? tem que ver isso aí) é sinal de que produzi bastante. Ou é sinal de que preciso me aprimorar bastante. Ou ainda: produzi bastante, preciso me aprimorar bastante, mas, já que percebi os erros, aprendi bastante também. ;)


Então, vem gente! Bora errar muito! Só não vale virar um mártir por causa daquela vírgula antes do verbo ou daquela piadinha sem graça na hora errada. Ah, e uma dica: se o erro envolver pessoas (do tipo "errei com fulano"), não perca a oportunidade de aprender a pedir desculpas.


@Anaflasilva