segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Uma história de Alegria


"O sorriso libera toda tensão que temos"
Frase dita por Ricardo Trento, Ex- Empresário e empreendedor que resolveu largar a vida promissora como um administrador de empresas para se engajar em um projeto social chamado Trupe da saúde, que tem 8 anos de estrada, projeto que leva a alegria aos hospitais de Curitiba, que conta com 10 artistas profissionais remunerados , 2 voluntários, entre outros.
A trupe da Saúde é um projeto Social que vem atendendo Adultos, Jovens e crianças, mais de 1.500 por mês, levando alegria e sorrisos onde a tristeza e a doença são fatores marcantes, o projeto tem como intuito levar a e descontração e o amor em um ambiente que é muitas vezes e desanimado e com muita dor.


Ricardo Trento e Fabio Silvestre Foram os fundadores do projeto, Ricardo morava em Medianeira quando seu pai ficou internado em hospital local com problemas sérios de saúde , ele percebeu que o sofrimento e a falta de sorrisos naquele ambiente faziam toda a diferença na recuperação do paciente e teve a idéia de iniciar esta ação social.
De inicio eram apenas 4 Integrantes, entre os animadores estava Ricardo, após o projeto ser concluído uma empresa multinacional de Grande prestigio no Brasil virou patrocinadora da trupe , com o passar do tempo e muita luta de Trento a trupe foi ganhando prestigio Nacional e agora conta com ajuda da lei de incentivo a Cultura, alem do patrocínio de mais 10 empresas do Paraná, todo a ano Ricardo renova o projeto e manda para as empresas decidirem se irão continuar ajudando o grupo por mais um ano, a expectativa agora e atingir a meta e continuar levando a alegria a todos que necessitam de um sorriso para esquecer a dor.

domingo, 11 de outubro de 2009

À procura da pauta perfeita

Foi num trabalho de fotografia que a história toda começou.
Já dizia o professor para formar grupos de “no máximo” 4 pessoas. O problema: éramos 5. Foi aí que o grupo se separou, e claro, nós duas ficamos sozinhas.
De inicio, já havíamos produzido 2 pautas (na verdade produzimos com o grupo completo), uma sobre a Trupe da Saúde, e outra, sobre as feirinhas de Curitiba. Mas o professor alertou que fotografar feirinha não é lá original, e a pauta da Trupe, acabou ficando com a outra parte da equipe. Mas a Jessyca foi junto, e não deixou a desejar.
(em breve agente posta a foto dela por aqui, e a matéria completa também)
Começamos então a nossa busca, com sugestões inumeráveis: o que fotografar?
Surgiu a idéia do professor: a “pauta dos sonhos” literalmente, já que era uma pauta sobre os sonhos “Alfa” (Alfa é qualidade!)
Mas em que raios de lugar agente encontraria o telefone dos sonhos?
Viva a internet! Estava lá e foi encontrado alguns dias depois muita procura.
O problema agora era conseguir falar com o responsável pela empresa_ um tal de Humberto_ que nunca estava.
Na primeira ligação, atende uma criança:
_Alô?
_ Bom dia, quem fala?
_É eu.
_Ah... oi você... tem algum adulto perto de você?
Nisso, pega na extensão, uma senhora mal-humorada_e levemente surda. Disse que era “só a empregada e não sabia de nada, que eu ligasse mais tarde”.
Ok. Ligamos. E ligamos. E tantas e outras vezes em que o senhor Humberto não atendia o telefone. Até que atendeu e eu levei uma bronca por que sua esposa já estava brava de “ter uma tal de Ana ligando toda hora”. Tentei explicar, não adiantou. Ele disse pra não encher mais o saco e procurar outra empresa pra fazer o trabalho. É, o sonho acabou.

Veio então a segunda alternativa: Música! *weee*
E lá vamos nós, sugerir a pauta e desanimar quando o professor diz que não conseguiríamos fotografar o objetivo central da idéia (que era, de inicio, mostrar a diferença entre Fanfarras, Bandas Marciais e Musicais).
Mesmo desanimadas, agente não tinha mesmo outra escolha e partimos para nossa saga.

Contatos: Banda Marcial da Fazenda Rio Grande, Banda Musical do Colégio Estadual do Paraná e a banda do Gogola (que eu não sei o nome).
Problemas: Horários, claro. E conseguir contatar os tais maestros.
Com o Gogola foi tranqüilo, o problema é o horário dos ensaios que coincidem com nosso horário de trabalho e aula.
Com a Fazenda, tive que sair mais cedo do trabalho para fotografar uma apresentação. Modéstia a parte, fizemos um trabalho lindo... (+ aqui)




Mas com o colégio estadual, tivemos uma experiência e tanto.
A semana toda agente ligou. Juro.
O maestro nunca atendia, ou nunca estava.
Resolvemos ir ao ensaio mesmo sem autorização previa. Mas uma intuiçãozinha me fez ligar ainda dentro do ônibus, só pra confirmar.
Onde eles estavam? Indo pra União da Vitória, em um concurso...
E nós? No ônibus, sem ter quem fotografar, amaldiçoando até a última geração de seja-la-quem-fosse o culpado por toda aquela situação.

Engajamos numa conversa de: o que fotografar, quando, como...
Mudar de pauta? Mudar o foco da nossa pauta? Mudar a banda a ser fotografada?
_ Porque vocês não fotografam o protesto que vai ter lá na regional do Bairro Novo?
Hã? Um senhor no ônibus estava sugerindo... Ele disse algo sobre um grande protesto que aconteceria dentro de alguns minutos. Ensinou até o caminho e os ônibus que deveríamos pegar. Mas até agente explicar que a pauta não podia ser factual, preferimos dizer apenas que iríamos ao centro antes de tomar alguma decisão.
Veio então uma professora, reclamando do prefeito de Fazenda Rio Grande. Disse que as escolas estão abandonadas e há um descaso geral com a educação na cidade.
_ Outro dia, eu e uma professora amarramos o forro com barbante. Imagine se cai tudo em cima das crianças? Eu votei nesse prefeito e me arrependi...
E dá-lhe o ônibus criticar a gestão da prefeitura...
É... Iniciamos um debate e tanto! Mas o ponto final chegou. Ufa.
Andamos pela rua XV toda. Fotografar os artistas de rua? Se as feirinhas não são originais, os artistas é que não seriam... Todo mundo conhece os palhaços, as estátuas-vivas, o flautista e até a mulher da cobra (Olha a cobra, 33, borboleta 13 corre hoje...).

Então só passeamos mesmo, antes de ir descarregar as fotos na Puc e tratá-las.
Mas eis que encontramos uma estátua-viva diferente, e simpaticíssima, que se vestia de fotógrafo e tinha como caixinha para moedas, um gigante rolo de filme feito de papelão. Ah, não deu pra resistir...

E ao seu lado, umas senhoras com umas cestas coloridas, lindas, que pareciam estar gritando por um click. Fizemos.
Pra continuar nossa sina, depois do click das cestas, a senhora veio e disse bem direta:
_ Me paga!
Ah! Sim... Tínhamos que pagar pela foto...
Mas já tínhamos dado todas as moedas pra estátua-fotógrafa...
Ela deve ter amaldiçoado até a nossa última geração...
Mas eu não apaguei a foto e _ juro, se tivesse umas moedinhas, até ajudava a senhora...

Por fim, está aí o resultado da nossa saga. Ainda não terminamos e, apesar de termos feitos fotos de muito orgulho próprio, não sei se elas atendem as expectativas do professor...
Falta ainda fotografar a banda do Gogola e a do colégio estadual, que nos chamou para assistir ao ensaio do próximo sábado. Temos o problema de sempre, que é a falta de tempo. Mas se com pouco tempo já passamos por tudo isso, imaginem se tivéssemos tempo de sobra?




Texto e fotos: Ana e Jessyca =)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

"A vida da gente é uma reportagem..."

Ele deve ter uns quarenta e poucos anos. Cinquenta talvez, nunca fui muito boa de percepção.
Passa por mim quase todos os dias na empresa, e dá um oi singelo com o balançar da cabeça em sinal positivo.
Vez ou outra também pega o mesmo ônibus na hora de ir embora, e o oi singelo permanece.
Conversa mesmo, nunca. Até aquele dia.
O ônibus já havia passado e eu estava lá desolada, pronta para esperar meia hora pelo próximo. Ele sugeriu que fôssemos a pé até outro ponto onde outros ônibus passavam com mais frequência. Entre esperar meia hora por um ou caminhar 15 minutos por outros, topei a caminhada.
Aí começou a conversa_típica mesmo de "povo de fora". É que em Curitiba _ dizem _ o povo é muito fechado.
Ele é de Minas, "mas já rodei o mundo inteiro" sustenta orgulhoso. O mundo nesse caso, chamado Brasil.
"Seu Félix", dois filhos, um casamento de mais de 20 anos, veio pra capital há 23. Passou antes por Itajaí, pessoal hospitaleiro.
_ Lá, não falta açúcar não! O vizinho não te deixa passar necessidade!
Rodou ainda o Paraná, só nos 15 minutos de conversa que antrecederam o ônibus seguinte. Perguntou minha faculdade, eu disse.
_Jornalismo? Jornalismo é legal! Você sabe que a vida da gente é uma reportagem....tudo o que acontece é uma história que agente conta. Tudo o que fazemos é uma notícia do jornal da nossa vida....
É?
Fiquei meio sem saber o que falar. Quanta sabedoria em poucas e simples palavras. A vida da gente é uma reportagem.
A diferença mesmo está na notícia que cada um cria. Por que na vida, as notícias podem ser criadas. Não são iguais às notícias diárias que, mesmo descontentes, o jornalista tem que repassar. As vezes eu queria poder mudar umas notícias. Tipo: inves de "Bomba explode no Irã" poder dizer: "Educação no Irã explode em crescimento e é uma das melhores do mundo". Seria bom não é? Poder mudar mesmo a realidade. Noticiar só coisas boas. Fiquei pensando então nas notícias da nossa vida, e deduzi que temos que produzí-las de alguma forma. Como você tem noticiado sua vida? Como seria a reportagem do seus dias? Decidi criar notícias mais alegres para o meu destino. Afinal, se a vida da gente é uma reportagem, eu quero que a minha seja uma capa, com infografias e fotografias, com box especiais dos melhores momentos. Com lembranças dignas de premiação por melhor abordagem. Com temas que não me deixem parar de ler e um lide tão extenso que não caiba somente em um parágrafo.
(AFS)