quarta-feira, 24 de junho de 2009

Violência crescente


Sempre quando eu ouvia uma pessoa relatar um ocorrido sobre violência ou furto, tinha a percepção de que Curitiba era uma cidade violenta, porém nem tanto, porque eu nunca havia passado por isso. Após participar da passeata em nome da defesa pela obrigatoriedade do diploma para profissão de jornalista, fui para casa e de lá resolvi ir até a casa de uma tia no pinheirinho. Entrei no ônibus circular Sul, sentido sitio cercado, no qual desceria dois tubos a frente do local que o peguei. Ouvindo musica com meu MP4, típico costume de quem quer se distrair ao pegar um ônibus lotado, logo a minha frente observei uma mulher aparentando uns 35 anos me fazendo sinal com a cabeça, olhei pra ela e percebi que um rapaz bem vestido de camisa social verde e calça preta, e acredito eu com uma bíblia na mão, cada vez mais se aproximava de mim, como isso sempre acontece em ônibus cheio tentei me afastar e quando o ônibus parou no tubo ele desceu rapidamente, uma atitude que relatava sua pressa, pois ele não estava perto da porta. Ele decidiu descer apenas segundos depois que o ônibus parou no ponto, até então eu ainda não havia percebido nada, foi quando a moça que me fazia sinal se aproximou, e me perguntou se não havia sumido nada de minha bolsa. Olhei no bolso da frente, o qual estava aberto por sinal, e meu celular não estava mais ali. Sempre fui uma pessoa atenta, observadora neste tipo de situação, mas no primeiro descuido que dei, acabei perdendo meu celular. Quando percebi que era mais uma vitima da violência na cidade, fiquei desesperada, chorei muito, mais constatei que as aparências enganam.
Todos os dias a sociedade passa por situações como essa, e piores até. Quando cheguei aos prantos na cada de minha tia ela logo me perguntou se eu estava bem, e mais calma respondi que sim. Mas quantas pessoas que foram roubadas, ou pior ainda, passaram por assalto a mão armada, e não estão mais aqui para contar o que aconteceu? Ou não tiveram a oportunidade de chorar pelo o que perderam. Porque em um celular eu posso pagar até cem reais, mas quanto vale uma vida? Este é o bem mais precioso que temos, do qual podemos nos livrar quando quisermos e perder a qualquer momento diante da guerra urbana que enfrentamos todos os dias.
Será que para nós vivermos em paz, temos que agir sozinhos? pois a segurança pública é o direito da sociedade, e não podemos esquecer que para dar um basta nesta violência temos que melhorar a educação, pois ela é o alicerce de qualquer pessoa. Se somos educados e estudamos desde pequenos, temos menos probabilidade de nos tornarmos pessoas violentas.
Quem nunca passou por algo assim, não sabe como é horrível você batalhar dia a dia para conquistar algo, e em segundos perder para alguém que provavelmente nunca lutou para conquistar nada.
PRECISAMOS DE UMA EDUCAÇÃO QUALIFICADA PARA PODERMOS TENTAR MUDAR O MUNDO EM QUE ESTAMOS VIVENDO.

JMC

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Fim da obrigatoriedade...O assunto continua...

O fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo é uma derrota para a sociedade brasileira, não esta que discute alegremente conceitos de liberdade de expressão e acredita nas flores vencendo o canhão, mas outra, excluída da discussão sobre os valores e os defeitos da chamada "grande imprensa". São os milhões de brasileiros informados por esquemas regionais de imprensa, aí incluídos jornais, rádios, emissoras de TV e sites de muitas das capitais brasileiras, cujo único controle de qualidade nas redações era exercido pela necessidade do diploma e a vigilância nem sempre eficiente, mas necessária, dos sindicatos sobre o cumprimento desse requisito.
Tenho ouvido, há anos, como continuei ouvindo, hoje, quando o STF decidiu por oito votos a um acabar com a obrigatoriedade do diploma, essa lengalenga interminável sobre os riscos que a liberdade de expressão sofria com a restrição legal a candidatos a jornalistas sem formação acadêmica específica. Esse discurso enviesado de paixão patronal, adulado aqui e ali por jornalistas dispostos a se sintonizar com os sempre citados países do Primeiro Mundo que não exigem diploma, gerou uma percepção falaciosa, para dizer o mínimo, de que para ser jornalista basta apenas ter jeito para a coisa, saber escrever, ser comunicativo ou, como citou um desses ministros do STF, "ter olho clínico". Foi baseado nesse amontoado de bobagens, dentro de uma anti-percepção da realidade do ofício, que se votou contra o diploma no Supremo.
Conheço e respeito alguns (poucos) jornalistas, excelentes jornalistas, que sempre defenderam o fim do diploma, e não porque foram cooptados pelo patronato, mas por se fixarem em bons exemplos e na própria e bem sucedida experiência. São jornalistas de outros tempos, de outras redações, de outra e mais complexa realidade brasileira, mais rica, em vários sentidos, de substância política e social. Não é o que vivemos hoje. Não por acaso, e em tom de deboche calculado, o ministro Gilmar Mendes, que processa jornalistas que o criticam e crê numa imprensa controlada, comparou jornalistas a cozinheiros e costureiros ao declarar seu voto pelo fim da obrigatoriedade do diploma. É uma maneira marota de comemorar o fim da influência dos meios acadêmicos de esquerda, historicamente abrigados nas faculdades de jornalismo, na formação dos repórteres brasileiros.
Sem precisar buscar jornalistas formados, os donos dos meios de comunicação terão uma farta pescaria em mar aberto. Muito da deficiência dessa discussão vem do fato de que ela foi feita sempre pelo olhar da mídia graúda, dos jornalões, dos barões da imprensa e de seus porta-vozes bem remunerados. Eu, que venho de redações pequenas e mal amanhadas da Bahia, fico imaginando como é que essa resolução vai repercutir nas redações dos pequenos jornais do interior do Brasil, estes já contaminados até a medula pelos poderes políticos locais. Arrisco um palpite: serão infestados por jagunços, capangas, cabos eleitorais e familiares.
O fim da obrigatoriedade do diploma vai, também, potencializar um fenômeno que já provoca um estrago razoável na composição das redações dos grandes veículos de comunicação: a proliferação e a expansão desses cursinhos de trainee, fábricas de monstrinhos competitivos e doutrinados para fazer tudo-o-que-seu-mestre-mandar. Ao invés de termos viabilizado a melhoria dos cursos de jornalismo, de termos criado condições para que os grandes jornalistas brasileiros se animassem a dar aulas para os jovens aspirantes a repórteres, chegamos a esse abismo no fundo do qual se comemora uma derrota.
De minha parte, acho uma pena.

Texto extraído do blog do Jornalista Leandro Fortes:
http://brasiliaeuvi.wordpress.com/

AFS (Com referência ao perfil de Alex Bark)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O sonho não acabou, pois o Jornalismo já faz parte de mim.


Dia 17 de Junho, O dia que muitos estudantes de Jornalismo resolveram pensar na possibilidade de largar o sonho de ser um jornalista graduado.
Mas Por quê?
Simplesmente pelo fato de que uma nova lei foi vigorada, e todas as pessoas que tiverem vontade de exercer a profissão de Jornalista não precisam mais enfrentar quatro anos de curso, dois de pós, horas sem dormir, estágios mal remunerados, simplesmente podem exercer a profissão e assinar como Jornalista quando forem solicitados pra isto, Injustiça, que agora e lei, que fez com que os sonhos de milhões estudantes do curso fossem repensados, o curso que lutei tanto para estar fazendo.
E triste, mais é a verdade, Mais não acaba por ai !, Pois cada profissional deve ter um diferencial, no meu caso vai ser o amor pela profissão, tudo vai depender agora dos contratantes , eles que vão decidir na hora de preencher uma vaga se querem economizar dinheiro contratando uma pessoa sem estudo, ou se querem qualidade, formação superior, e dedicação no seu conteúdo Jornalístico.

O sonho não acabou, Apenas Tomou um Rumo diferente,
O Negocio é erguer a cabeça e lutar pelo o que queremos!!!
JMC

Jornalizando

"Sonho é sonho, indiferente ou incomum...o importante é acreditar..." Essa frase é de uma música de um grande amigo meu que diz ter feito a letra com inspiração em minha vida. Não sei se minha vida é digna de inspiração musical, nem posso garantir que acreditei o suficiente em meus sonhos a ponto de realizá-los ou ao menos tentar...Na verdade, abri mão de muitos sonhos ao longo dos meus 20 anos, ao mesmo tempo em que alimentava e criava outros. Entre estes, no entanto, há um que jamais deixei de lado: o sonho de ser JORNALISTA.

Jornalista tem mania de querer mudar o mundo. Agente pensa e acredita que nossas palavras podem transformar a sociedade. Agente? Desculpem a prepotência, sou apenas estudante. Mas essa mania_que na verdade é paixão, espera anos para poder ser exercida. Anos necessários: é preciso um mínimo de entendimento sobre determinado assunto para poder expressar-se de maneira clara e segura. São geralmente 4 anos de estudo, noites mal dormidas, dinheiro com livros, mensalidades... por vezes, vontade de largar tudo, outras, vontade de nunca parar. É assim: uma paixão insaciável, como definia bem Gabriel Garcia Marquez.

É clichê hoje falar sobre a decisão tomada pelo Supremo Tribunal da não-obrigatoriedade do diploma de jornalismo no exercicio da profissão: todos os sites, veículos impressos, tv e rádio_todos os jornalistas estão de fato comentando o assunto. Os blog's dos estudantes da área também devem estar explodindo reações. Clichê ou não, eu preciso falar: trata-se de sonho.

Milhares de estudantes do Brasil todo, devem ter ficado com a mesma expressão dos meus colegas de classe ao receber a notícia: um misto de indignação com um certo "E agora?"

E agora? Agora que já estamos há 6 meses estudando, dando o nosso melhor, dormindo mal, comendo mal, contando o salário para a mensalidade e perdendo finais de semana em trabalhos? E o pessoal que está se formando, que passou 4 anos investindo em seu sonho? E agora?

O argumento usado pelos 8 votos que tomaram a decisão, é de que a profissão de jornalista não apresenta risco à sociedade, não interfere biologicamente. Por isso o diploma não é obrigatório.
É aí que entra outro risco, que, ou eles não perceberam, ou quiseram deixar-nos expostos: o risco da manipulação psicológica, da informação errônea, das consequências que uma notícia mal repassada pode gerar. Se até ontem, quando os jornalistas eram obrigados a estudar sobre os contextos históricos para compreender os aspectos contemporâneos, conhecer os meios e recursos para transmitir mensagens claras e garantir a veracidade dos fatos, se mesmo com tantos anos de preparo, ainda assim a imprensa sofria com a manipulação de informações, como será daqui pra frente, já que qualquer pessoa pode assinar um texto que defenda idéias sem fundamento histórico, sem base? Estão maquiando a decisão com a idéia de uma liberdade de expressão que, convenhamos, nunca existiu. E agora? Agora que eles pegaram nosso sonho, amassaram e jogaram na lata do lixo?

"O importante é acreditar..." a música continua...

Eu ainda acredito que uma nova geração pode surgir e garantir à população infomações concretas sobre todos os fatos do dia-a-dia. Uma geração que tenha o preparo necessário. Que não considere "chato" estudar, mas tenha a consciência de que cada livro, cada texto, cada detalhe de seu curso irá repercurtir de maneira fundamental em sua carreira.
Vou longe: Eu acredito que posso fazer parte dessa geração.


Ana Flavia da Silva - Estudante do 1º Período de Comunicação social com habilitação em Jornalismo na PUC-PR

"Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte." (Gabriel Garcia Márquez)

+ no http://conversa-afinada.blogspot.com/

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cultura Musical

Meu deus, as vezes me pergunto se sou uma pessoa com cultura ou sem cultura?
É galera a universidade nos deixa cada vez mais confusos. Pessoas de diferentes classes sociais de diferentes gostos musicais...Por exemplo, o grupo que faço parte na faculdade é totalmente distinto: a Luciane Degraf adora High School Musical e Los Hermanos, a Ana Flavia adora Jazz e Musica Clássica , a Bárbara Borba, a mais CDF do grupo curte musica latina e Funk...a Priscielly é a mais eclética, maas já á flagrei curtindo Maria Cecília e Rodolfo. É minha gente, a cultura de cada individuo depende do que nós achamos ser cultura. Eu faço a seguinte pergunta A todos, será que como universitárias devemos gostar apenas de Roberto Carlos e Bossa Nova? Ou devemos curtir um psy e dançar com a galera.?.
Pois é, por incrível que pareça, e por mais grandinhas que já estejamos, com certeza estamos em fase de crescimento.... Calma, calma galera, estou falando de crescimento intelectual, pois quando estamos no intervalo de alguma aula cantamos Créu, e depois coreografamos a musica da dupla sertaneja João Bosco e Vinicius, quando estamos mais cansadas e carentes sussurramos musica romântica e quando estamos animadas, (quase sempre) cantamos um pancadão. Tá certo que cantar na sala de aula não é algo legal neh, mais cantamos baixinho_eu acho... uma acaba curtindo o ritmo da outra..
Bom, com esta mistura de gêneros, cheguei a seguinte conclusão: que eu quero ver a galera descendo até o chãooo!!! Quer dizer, acho que me empolguei neh, na verdade eu estou aprendendo cada vez mas com esta Miscigenação Musical, minha forma de pensar e refletir sobre a percepção do significado da nossa cultura, está cada vez mais aguçada, acho até que Roberto Carlos e Gaiola das popozudas poderiam se tornar um grupo, que tal? Pois é senhores leitores, por incrível que pareça acredito que cada um destes cantores tem um significado na nossa formação cultural _ não que Roberto Carlos seja melhor ou pior que Funk, mas cada gênero musical tem um significado em nossa cultura.

Bom, para quem tá curioso pra conhecer estas personagens reais dos dois últimos textos do nosso blog , esta ai a fotinho..


quinta-feira, 11 de junho de 2009

12 de junho: Dia do Beagle na França...

Eu já fui apaixonada. Já fiz cartas amorosas com direito a borrifadas de perfumes. Já tive ciúmes de olhadelas e números de celular. Confesso: já chorei. Já tive medo de perder. Já pensei que não saberia mais viver sozinha. Já tive um diário (que me arrependi de escrever). Já tive até agendas com papel de bala. E pensei muitas vezes que o mundo acabaria depois “daquela” discussão. Já fui dengosa. Já fui menininha. Já perdoei (demais). Mas hoje concordo com Buarque: tenho apenas uma pedra no meu peito e dou risada de um grande amor. E exijo respeito pela minha falta de sonho. Tem que ser corajoso pra querer ficar sozinho...Agora resolvi gostar de alguém, e me descobri perdidamente apaixonada por mim mesma.

12 de junho:
Dia do correio aéreo nacional (Brasil)
Dia do Beagle (França)
Dia da Independência (Russia e Filipinas)
Dia do enxadrista (São Paulo)
Ah...Dia dos namorados...(Brasil)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Daguerreótipos - Photografando Curitiba

Fotografando Curitiba

Sábado, 30 de maio, Curitiba registrando uma temperatura abaixo dos 10ºC, o que não é nada em vista do frio que estamos enfrentando por estes dias ou do que nossos vizinhos gaúchos enfrentam nas serras boa parte do ano: frio, vento, chuva, geada e todos querendo ficar embaixo da coberta descansando os dias trabalhados da semana que havia acabado ou querendo curtir a folga festejando. Mas cinco meninas, iniciantes e estudantes do curso de jornalismo da Puc PR, resolveram mudar os planos pro final de semana, e tomaram a decisão de ir até o Centro de umas das cidades mais lindas do Brasil_Curitiba_fotografar o local, revelando e demonstrando a cidade.
Cinco estudantes, duas máquinas emprestadas (uma da Puc e outra de um amigo fotógrafo), pouca prática na arte e muita vontade de aprender e registrar o que Curitiba tem de melhor _ ou pior..
As fotos foram tiradas por pessoas inexperientes. Com certeza não ficaram tão boas quanto as fotografias de nosso amigo e professor André. (esperamos os comentários)
Obrigada pela compreensão....

Nome das Indivíduas:
Jessyca Milene Cardoso, eu mesma...
Ana Flavia da Silva irmãzinha deste Blog,
Priscielly do Prado, a única loira do Quinteto,
Bárbara Borges a CDF do grupo,
Luciane Degraf a psicóloga das quatro loucas...
Bjo a todas,

A seguir as fotinhos e suas respectivas legendas
Uma parte do resultado deste longo dia de frio esta aí..
Priscielly do Prado

Vocês já experimentaram andar com uma câmera semiprofissional digital no Centro de Curitiba?, Nunca? Pois é , não tem quem não olhe ou fique curioso pra saber da onde somos, o que queremos, ou até aqueles que aproveitam a situação pra pedir favores. Como este rapaz, que faz a estátua viva na rua XV de novembro e nos pediu que gravássemos as fotos em um cd e levássemos pra ele lá na Rui barbosa no outra semana (após gastarmos com ele todas nossas moedinhas que haviam restado do almoço no Mc Donalds). Pois é galera, basta pegarmos uma câmera na mão com uma objetiva maior que as normais para sermos confundidos com fotógrafo. Esta fotinho foi tirada por nossa amiga Priscielly, o nosso modelo era muito simpático , quando colocávamos as moedinhas ele pegava nossa mão, dava beijinho, mandava beijo... muito bacana mesmo. Além de se apresentar na rua XV de novembro ele também faz aparições na Rui Barbosa. Quem estiver interessado é só chegar lá com um trocadinho para receber uma atenção do artista Curitibano.



A uns 100 metros da estátua viva observamos alguns pintores, vendendo quadros ou fazendo retratos. Primeiro achamos um rapaz por volta dos 33 anos vendendo seus quadros: pinturas belíssimas com uma cor vibrante. Tudo certo até que nossa amiga loira Priscielly, foi registrar estas cores em uma fotografia, quando o rapaz fez uma cara de bravo e perguntou se ela havia pedido autorização para isto. Ela tímida, perguntou ao moço se poderia então tirar as fotos, o rapaz foi curto e grosso. ´´NÃO.´´

Luciane Degraf


Então logo a frente dele observamos este homem dando os primeiros traços em um retrato de uma moça loira sentada ao seu lado no banco da praça... Rapaz calmo concentrado, que nem se preocupou com nosso presença ali, ele estava tão entregue a sua arte que nos deixou realizar a nossa..(e dessa vez, pedimos autorização antes) rsrsrs
E é ai que a Luciane Degraf entra: ela captou este momento mágico, o artista demonstrando toda sua leveza, concentrado como se o mundo ficasse em silêncio pra ele pintar, mais o movimento atrás da foto, os coadjuvantes que passam por trás do cenário representam na verdade, que ele não vê empecilho para pintar na cidade grande, e como se todos nos ficássemos congelados nos instantes em que ele dava suas pinceladas .
Parabéns Lu..


Bárbara Borba


Mais um pouco a frente, exatamente no final da rua XV, um culto evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus estava acontecendo. Pessoas de todos os bairros de Curitiba e região metropolitana participavam do evento. Observando a multidão percebemos que no para peito da janela de um hotel próximo ao local, havia alguns fotógrafos registrando de cima todo o culto. Então nossa amiga Ana Flavia , foi até o hotel e pediu autorização para subirmos também , e por incrível que pareça todas nos fotografamos a multidão lá de cima com autorização do Gerente do hotel. A Bárbara Borges, curiosa, e acima de tudo atenta, conversou com um fotógrafo que estava lá também. Ele passou umas dicas e ela registrou exatamente o momento em que todos colocavam as mãos sobre a cabeça na hora da oração.
Parabéns Bárbara.



Ana Silva


E como as praças da nossa cidade são o palco de nossos artistas, rodeando a capital chegamos até a praça Tiradentes. Enfrente a CATEDRAL observamos um movimento intenso ao lado do tubo da linha Pinhais/Campo Comprido, e resolvemos nos aproximar. Eram três rapazes: dois auxiliares e um que prometia realizar saltos espetaculares. Depois de muita falação, ele se afastou , contou, respirou e deu este salto captado por nossa amiga Ana Flavia da Silva. Linda foto, parabéns Aninha!

Aninha diz:
Ok...a Jéssica comentou as fotos das meninas e as minhas... mas, mesmo que ela não esteja fazendo a matéria de fotografia com agente, é justo, justíssimo, que alguma foto dela apareça por aqui...Então, estou invadindo o post dela, pra colocar uma de suas fotos.

Jéssica Cardoso

Essa senhorinha estava tomando café (na verdade era uma Schweppes) junto com outras duas que aparentavam a mesma idade. Ao lado delas, três rapazes tomavam suas cervejas. Nosso olhar "Cartier-Bresson" falou mais alto. A comparação entre os dois trios era linda_ e deixaria a composição da foto tão linda quanto.

_Vai pra alguma mídia?
_Não não...é só trabalho da facul..

_Que pena...


A teve um olhar mais aguçado e conseguiu fazer uma composição diferente. Adorei o azul dessa foto. No final dos clicks uma das senhoras soltou um comentário: "Imagine se elas soubessem quem nós somos..."

Bem...Eu gostaria de saber...Mas isso fica pra outra pauta, se agente esbarrar com elas por aí.
Por enquanto, apenas elogio a foto da Senhorita Cardoso. ;)

(com permissão: Ana Silva)
Texto: JMC

sábado, 6 de junho de 2009

Sobretudo cor-de-rosa

É...talvez seja uma síndrome de Peter Pan, mas eu não consigo entender essa mania de todo mundo querer me fazer adulta. Estou mais pra Sininho: complicada e perfeitinha, revoltada com o que não concorda.
Tudo bem eu tenho 20 anos, o equivalente a um quinto de século. Isso é deprimente e assustador. Por isso prefiro pensar que ainda tenho 20 anos. "Dois ponto zero", pra ser mais precisa. Mas não posso negar que já não sou mais tão criança a ponto de saber tudo, embora eu ainda tenha milhares de porquês rondando a minha mente (igual aquela fase em que agente incomoda os pais questionando tudo e todos). Só que hoje, esses porquês incomodam apenas a mim, e não convém fazê-los. Por que não convém? Ah...você sabe...agora eu já sou uma mulher, trabalho em uma multinacional, estou cursando jornalismo na PUC-PR, não convém perguntinhas bobas do tipo: "Por que as pessoas matam?" "Por que as pessoas se fazem mal?" Isso não convém à uma mulher como eu...!Foi aí que decidi: quem disse que sou mulher? Não estou falando de feminilidade ou homosexualidade, estou falando de valores.
Não quero ser mulher, se isso significar perder a esperança na humanidade, e a cada dia que passa, tenho perdido um pouco mais...
Então veio a história do sobretudo. Ele estava lá na vitrine, cintilando um rosa hipnotizante e encantador: EU quero! Não...eu não posso querer. Uma mulher usando um sobretudo cor-de-rosa? Não não...isso é cor de criança, de menina... não de mulher! Talvez um salmão, ou um "pêssego", até uma cor-de-burro-quando-foge é aceita (seja lá qual for essa cor), mas rosa? Não...
Foi isso que ouvi de amigos e colegas de trabalho.
Insisti. Eles também. É mais uma regra destas que estão escritas nas cabeças das pessoas. Antes estivessem nos papéis: seria mais fácil destruí-las. Mas sou brasileira, e já dizia o Lula: agente não desiste... fui em busca do meu cor-de-rosa flamejante_ que por praga dos coleguinhas, não serviu. Droga. Então me trás aquele roxo. Não serviu. O preto? Necas. O marrom? Não...O cor-de-burro-quando-foge? Nada...Nenhum servia. O shopping inteiro não servia. Ou eu não servia ao shopping inteiro. Quem mandou ser anti-modinha? Seria muito mais fácil comprar aquele casaquinho que "tá todo mundo usando" _ inclusive as mulheres de 20 anos que trabalham nas multinacionais. Mas vá lá querer ser autêntica, e não encontrar nada que sirva.
Tudo bem. Eu não ligo. Comprei o preto hoje, em outra loja. Não ficou perfeito, mas quebra o galho para o modelito social que tenho que usar na segunda-feira.
Mas na minha cabeça, meu sobretudo continua cor-de-rosa-cintilante-flamenjante. Talvez agente precise apenas colorir um pouco mais o nosso mundo...