segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Falcão Prateado - Histórias de "buzão" na capital paranaense

Gente, que loucura.

Já estamos no 6º período da faculdade. Segundo semestre do terceiro ano. Falta apenas um ano e meio para pegar nosso diploma, olhar para o lindo pedaço de papel e poder dizer: "Você não vale nada mas eu gosto de você".

Nestes anos de faculdade passamos por muitas situações bizarras, divertidas, emocionantes, chatas e desesperadoras, até.

Antes de entrar para a "facul" muita gente me dizia que seriam os melhores anos da minha vida e que eu deveria aproveitar ao máximo. Bem, ainda não aprendi a jogar truco (me recuso terminar a faculdade sem aprender! Voluntários?) mas aproveitei muita coisa boa, com certeza. E entre esses "aproveitamentos" da vida, há uma obrigação diária que tivemos de adaptar para não ser tão difícil: a ida e a volta, de ônibus, de Fazenda Rio Grande para Curitiba.

São aproximadamente 60 quilômetros percorridos diariamente (contando apenas uma ida e uma volta, porque, acreditem, há dias em que fazemos isso mais de uma vez) dentro do ligeirinho (não, não é o ratinho do desenho) "CTBA / FAZENDA", apelidado carinhosamente de "Falcão Prateado".

Nele, já fizemos festa de aniversário, brincadeiras de adivinhação, entrevistas, estudos para prova, confissões, lágrimas e muitas risadas. Até já caçamos baratas, se vocês querem saber. E por estas e outras (boas) histórias, que hoje nosso blog estreia esse novo espaço: "Falcão Prateado".

Sempre que você ver esse nome no título, pode saber que alguma peripécia do trio mais famoso* do ligeirinho está por vir. Aguardem =)

* O trio mais famoso é composto por Ana Flavia, Jéssyca Cardoso e Prisciely do Prado (sei lá, né, vai que ele não é tão famoso assim...)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O "caso" Amy Winehouse. E se fosse com você?

Recebi um e-mail de uma pessoa indignada com a quantidade de homenagens que estão sendo prestadas à Amy, depois de sua morte. O e-mail dizia que a "mocinha" não tinha nenhum exemplo para dar aos "nossos filhos" e que "já devia ter ido há muito tempo".

A mensagem trazia uma sequência de fotos que mostravam o declínio de Amy. Linda no início da carreira, com corpão saudável e estilo gostosona, mas magra, machucada e visivelmente destruída pelo uso das drogas em fotos mais recentes.

Meu choque, no entanto, é perceber a desumanização da pessoa que me enviou o e-mail. Amy foi uma cantora sensacional. Embora o refrão de sua música de maior sucesso, Rehab, fale sobre sua negação em procurar ajuda para se livrar dos vícios, todo o restante da mesma música fala muito mais em se recuperar longe de uma clínica de internação. Ela, inclusive, diz:


I don't ever want to drink again
(eu não quero beber nunca mais)
I just, ooh, I just need a friend
(eu só preciso de um amigo)
Simples assim. Ou alguém acha que uma pessoa presa a um vício não quer se livrar dele?
Não sou psicóloga. Não sei qual é o melhor tratamento para um viciado e tenho consciência de que as clínicas de reabilitação servem, sim, para ajudá-los. Mas, às vezes, a pessoa está precisando apenas de um amigo. Apenas de alguém para ouví-lo. Apenas de alguém para dividir sua vida, com sinceridade. E no caso de Amy, com a fama, o dinheiro e o sucesso, imagino que encontrar uma pessoa assim não seja a tarefa mais fácil.

Voltando ao e-mail recebido, a mensagem dizia que a cantora não tinha nenhum exemplo para dar "aos nossos filhos". Pois é extamente o contrário: Amy não deixa uma lição apenas para os filhos, mas para todas as pessoas. Suas fotos mostram claramente o poder de destruição das drogas. Sua trajetória de vida mostra que sucesso, fama e dinheiro, no fim das contas, não valem nada. E, principalmente, mostram que aquele drogado que você vê com medo ou desprezo talvez esteja precisando apenas de um amigo.

Eu não conheço a pessoa que me enviou o e-mail. Mas gostaria de dizer à ela que se Amy fosse sua irmã, sua prima, sua amiga, namorada ou se simplesmente fizesse parte de sua vida de uma forma mais próxima, você não desejaria que ela "já tivesse ido há muito tempo". Pelo contrário, você desejaria ser o amigo que ela precisou e não teve durante a vida.

Nunca despreze alguém.
Na maioria das vezes, o que as pessoas precisam é de um pouco de atenção.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

É. Tentamos

Não foi dessa vez, gente. Dividi com vocês todo o orgulho de ser finalista e divido agora o desgosto da derrota (nossa, que drama). Brincadeira. Derrota nada. Já tinha dito nos textos anteriores qual era o nosso verdadeiro prêmio e ele continua intacto. A Lu definiu a história toda em uma brincadeira que faz muito sentido, na verdade: "Ganhamos? Ganhamos... ganhamos só experiência" hihi. E é.

Ficamos empatadas em 3º lugar, com a incrível capacidade de empatar com nós mesmas na categoria "Reportagem para televisão" com as matérias "Animais: Amor x Descaso" e "Trabalho Informal". Na categoria "Projeto jornalístico livre" empatamos, também em terceiro, com um grupo da Opet, cujo trabalho chamava "Expressões de Fé".

Mas, no final das contas, foi divertido. O importante mesmo é tudo aquilo que já escrevemos nos textos abaixo (e eu não vou repetir aqui, ok?). É C-L-A-R-O que o que a gente queria mesmo era ganhar. Era pegar aquele troféu (como diz a Suyanne: pra quê que a gente quer aquele troço em casa, né?) e gritar: "We are the champions, my frieeeends!!!" Mas, não foi desta vez.

Um bjo no coração de vocês que torceram, vibraram e ficaram apreensivos com a gente. Quem sabe, ano que vem tem mais. Porque só vamos parar no dia em que chegar o sucESSO (dá licença, deixa eu sonhar?).

=D

@anaflasilva

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um sonho realizado

Só o fato de sermos finalistas do “Prêmio Sangue Novo” já é muito gratificante. Como minha amiga Ana já disse: o sonho de muitos jornalistas é de mudar o mundo, mas quando nos deparamos com a realidade, percebemos que o mundo é quem nos muda.

A maior lição que tivemos no decorrer das produções de nossos trabalhos foi a de ACREDITAR, pois por mais malucas que nossas ideias parecessem, a gente sempre acreditava que tudo poderia dar certo. Nós não escolhíamos o mas fácil e sim o que tínhamos vontade de fazer .

É engraçado afirmar isso agora, mas foi bem assim!

No programa “Você tem Fome de quê?” ficamos mais de uma semana pensando em como montar um “bar” dentro dos estúdios da PUC. Chegamos a fazer orçamentos com marceneiros, fomos em vários locais que faziam locação de móveis, e, no final das contas, com pouco dinheiro e muita vontade, acabamos tendo de nos superar. Uma caixa de madeira com um pano vermelho por cima virou um balcão de bar, umas caixas que eram utilizadas para construção se transformaram em um armário, e grande parte dos utensílios deste armário vieram da casa da nossa amiga Luciane =).

Superação total, nem a gente acreditou no resultado final.

O que acham?

Na matéria sobre os animais abandonados, me lembro que nós mesmos achávamos o tema muito “batido”. Mesmo assim, levamos a ideia para frente. No final, todos se emocionaram com o resultado, até aqueles que não gostavam muito de cachorros e gatos.

Na reportagem especial, que foi sobre o trabalho informal, conhecemos muitas pessoas bacanas que ganham a vida nas ruas da cidade, pessoas humildes que na correria do nosso dia a dia nem percebemos. Dona Lurdes foi uma delas, linda e simpática cativou a todos.

Obrigada a todos que nos ajudaram a conquistar mais esta vitória!

Acredito que o maior reconhecimento que podíamos ter já temos, e a certeza que fica é a de um trabalho bem feito. Com ou sem primeiro lugar tudo valeu a pena.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Somos finalistas!

Na última quarta-feira, 1º de junho de 2011, meu coraçãozinho se encheu de alegria e muito amor. O Sindijor PR (Sindicato dos Jornalistas do Paraná) divulgou a lista dos finalistas que concorrem ao Prêmio Sangue Novo, promovido pelo próprio sindicato, que avalia e julga trabalhos acadêmicos de universidades de todo o estado. Nossa "turma" (apelido carinhoso dado ao nosso grupo de trabalhos pela Prisciely, e que conta também com a Jéssyca, a Bárbara, a Luciane e, recentemente, o Ricardo e o Alex) emplacou três trabalhos em duas categorias à espera da premiação. Tem como não amar?

Rola, é claro, todo um orgulho de estar representando a universidade (além dos nossos projetos, apenas mais dois da PUC foram classificados) e a galera da nossa sala (que fez ótimos trabalhos também e inscreveu muitos, mas não classificaram), mas o mais bonito de tudo isso é que os temas das nossas matérias e do nosso programa são todos de cunho social. Ki Lindo!

Ok, não vamos ser hipócritas e vir com um papinho de "fizemos esta matéria pensando em ajudar as pessoas e blá, blá, blá". Na época, fizemos a matéria pensando em nos ajudar a ganhar notas (briiiinks!). Sem bobeira: as matérias deram muito trabalho e mostram o trabalho lindo de outras pessoas. Acho que é isso que vale, sabe?

Para vocês entenderem: temos uma reportagem (que era pra ser um documentário, mas não rolou muito) sobre animais, outra sobre trabalho informal e, por fim, um programa chamado "Você tem fome de quê?" (não é gastronômico, já, já eu explico).

Na primeira, mostramos a vida de algumas pessoas que dedicam seu tempo, amor e dinheiro no cuidado com gatos e cachorros. Eu chorei em todas as entrevistas. São histórias doidas de pessoas que têm até mais de 2.000 cachorros (sim, isto existe). É também a história da Sociedade Protetora dos Animais, que precisa, MUITO, de ajuda da população com doações de ração, remédios e grana, mesmo. É a história de um senhorzinho muito maldito que tinha lá uns 5 cachorros no quintal já doentes porque ele não limpava os dejetos dos bichinhos há meses, nem dava comida e água direito. São histórias chocantes e fantásticas. E você pode vir com aquele papo de "tanta criança doente em hospital por aí, e vocês falando de cachorro".

Ok, vamos ao hospital.


No programa "Você tem fome de quê?" buscamos entender a "fome" das "pessoas de bem". E lá estão quase trinta minutos de entrevista com o Edran Mariano, o Dr. Zê da Trupe da Saúde, que faz um trabalho incrível nos hospitais de Curitiba. Eles, vestidos de "doutores palhaços", fazem muita família dar risada nos leitos hospitalares, esquecendo um pouco das dores e das doenças. A alegria que eles dividem é linda. O trabalho deles é lindo. E eu nem podia chorar em frente à câmera, porque eu era a apresentadora (mesmo sem escova progressiva - piadinha interna).

E se você ainda achar pouco, a reportagem sobre trabalho informal (que tinha a Jéssyca estreando de repórter - hoje ela é repórter da TV Araucária, bjos) conta um pouco da vida de pessoas que resolveram trabalhar nas ruas por não conseguir emprego formalmente. Uma destas pessoas é a "Dona Lurdes", uma vózinha daquelas que dá vontade apertar, que vive sentadinha no chão da praça Rui Barbosa vendendo isqueiros e agulhas de costura. Também falamos com uns músicos muito gente boa. Conseguimos mostrar algumas realidades tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes da gente.

E isso é que é legal. Quando a gente pensa em fazer jornalismo, vem com aquela utopia de querer mudar o mundo. Logo no primeiro ano de faculdade já se percebe que mal conseguiremos mudar os horários de plantão na redação, quanto menos a cidade onde mora. Não mudamos muita coisa, mesmo, com nossas reportagens, apenas mostramos para os outros. Mas mudamos aqui, dentro da gente, e é isso que compensa. E, se vier um Sangue Novo junto, compensa ainda mais ;)

Torçam por nós, leitores LINDOS!

=D

terça-feira, 10 de maio de 2011

E você? Já errou hoje?




Todos erra. E isto é um meme, antes que venham me corrigir. Todos erram. Todos os dias. E você, inclusive. E eu (e muito!).


O que diferencia os erros é a intensidade de cada um e a forma como as pessoas tendem a lidar com ele. Essa forma, que depende não apenas de uma questão de maturidade, mas também de experiência, pode gerar outros erros mais graves. Eu explico.


Criança. Quebra o copo preferido da mãe. Diz que não viu o copo, nem sabe onde está.


Pronto: feita a bola de neve. Começou com um copo (daqueles de requeijão que trazem a ilustração do Bob Esponja), terminou com uma mentira. Pequena mentira. Mas mentir é um erro mais grave do que quebrar um copo. Mesmo que o copo fosse de cristal.


No dia a dia nós erramos muito mais. E muitas vezes, o erro "é sem querer". É aí que você pode optar por dar umas boas risadas (do tipo: "não acredito que fiz isso, como sou esperta"), ou emburrar, chorar, absorver uma punição drástica (já fui dessas, digo com propriedade sobre o assunto).


Eu ainda entro na máxima de que "quem faz pouco, erra pouco". Logo, se eu termino o dia com uma lista de 3 erros (só? tem que ver isso aí) é sinal de que produzi bastante. Ou é sinal de que preciso me aprimorar bastante. Ou ainda: produzi bastante, preciso me aprimorar bastante, mas, já que percebi os erros, aprendi bastante também. ;)


Então, vem gente! Bora errar muito! Só não vale virar um mártir por causa daquela vírgula antes do verbo ou daquela piadinha sem graça na hora errada. Ah, e uma dica: se o erro envolver pessoas (do tipo "errei com fulano"), não perca a oportunidade de aprender a pedir desculpas.


@Anaflasilva

sábado, 30 de abril de 2011


A cada ano que passa meus aniversários ficam mais nostálgicos, já que
as rugas, responsabilidades e dúvidas aumentam com a idade.

Como meu sábio pai diz “um dia você também vai ficar velha”, e eu não
discordo disto. Porque, logicamente, ele tem razão: a cada segundo
envelhecemos, e como já dizia Cazuza “ o tempo não para".

Aniversário! Existe coisa mais constrangedora do que ganhar abraços de
pessoas que nunca te disseram bom dia, ou ainda ter que responder a
temida pergunta de que todas as mulheres fogem: “quantos anos?”. É meu
caro e velho leitor, odeio rotinas e o aniversário nada mais é do que
uma rotina anual.

Confesso que até os 19 anos adorava essa data. Esta data querida, não
que eu a odeie agora, só gosto menos, porque pra mim era tão “jovem”
ter o “um” na frente.

Não que eu me ache velha, apesar de saber que eu nunca confessaria
isso, mas o ritual do aniversário me assusta às vezes.

Sigam meu raciocínio, por exemplo, as festas surpresas. Tem gente que
adora. Eu também gosto, mas meu Deus, sempre que isto acontece comigo
estou com uma roupa velha, sem tomar banho, sem maquiagem, ou seja,
sem parecer a aniversariante.

Bom, exageros à parte, fazer aniversario é bom, mas é melhor ainda
quando as pessoas que realmente importam lembram de você. Não precisa
de festa, de mensagens ao vivo, de declarações em público ou de faixas
gigantescas com sua idade, o mais importante é o companheirismo.

sábado, 9 de abril de 2011

Atraso e problemas técnicos atrapalharam o show do Pato Fu. Mas o espetáculo vale a pena


O texto é grande porque fala de quase tuuudo o que aconteceu no show ;)


Cinquenta minutos de atraso deixaram pais e crianças impacientes na estreia do show Musica de Brinquedo, da banda Pato Fu, no Festival de Curitiba, na última quinta-feira (7). Palmas cadenciadas, coral de “começa, que demora é essa?” e até vaias marcaram a espera da apresentação que estava prevista para as 19h30, mas começou as 20h20.


O Auditório Bento Mossurunga, do Colégio Estadual do Paraná, lotado para apresentação também não ajudou. Com cheiro de mofo, marcas de infiltração e problemas de sonorização e espaço, o teatro trouxe mais complicações ao show. O evento que faz parte da programação do Guritiba, bloco do Festival de Curitiba destinado a crianças, parece que não teve uma organização pensada para os pequenos (para começar: quem disse que Pato Fu é show infantil?). Os ingressos vendidos não são numerados, logo, a escolha do lugar fica por conta da ordem de chegada, o que dificulta o público infantil de enxergar o palco. Houve ainda problemas de microfonia e oscilações no som.

O show

Após a primeira música, Primavera, Fernanda Takai avisou que a banda também estava aguardando o inicio do show. “Esperamos assim como vocês, por causa de um problema com a mesa de luz. Mas acho que a luz desta noite vai ser mais forte”, disse. Foi o que a banda tentou fazer: brilhar, apesar de todas as falhas técnicas.


O repertório que nada tinha de infantil (ainda bem). Tocaram Sonífera Ilha e antes de começar Rock and Roll Lullaby a vocalista se justificou “apesar de este show ser para as crianças, tem muita gente grande aí e acho que a próxima música é mais para elas. Mas as crianças vão gostar da música, também”.


É surpreendente o que o grupo faz com instrumentos em miniatura, além de transformar o som de brinquedos em música. Apesar de estarem fazendo tudo diante dos nossos olhos, é difícil acreditar que uma galinha de borracha ou uma arma de luzes estejam realmente produzindo uma melodia. Os solos do guitarrista John Ulhoa, do baixista Ricardo Koctus e do baterista Xande Tamietti com instrumentos tão pequenos, também são admiráveis. Por isso, Ulhoa fez questão de mostrar alguns instrumentos antes de começar a tocar Frevo Mulher. Nesta música, ele “toca” com uma espécie de lápis que produz som ao rabiscar. A zabumba fica por conta de um dos bonecos que fazem o “backing vocal” de Fernanda. Os monstros Ziglu e Broco, do grupo de teatro de bonecos Giramundo, participam do show cantando, falando, tocando e distraindo os espectadores. Eles são os responsáveis pelo tom infantil do espetáculo.


O set list contou ainda com sucessos antigos da banda como Eu (que trouxe uma batida pesada de rock), Sobre o Tempo e Perdendo Dentes. As três músicas foram cantadas apenas pelos mais velhos. Em Ovelha Negra, o público ajudou imitando ovelhas antes do início da música.


Fernanda cometeu um erro ao chamar Live and Let Die antes do previsto. Pediu desculpas, mas a banda resolveu trocar a ordem do set list e tocar a música que conta com efeitos de luz e surpresas no refrão.


Em Simplicidade, um problema com a sonorização de um tambor que seria tocado pela percussionista Mariá Portugal, fez com que o baterista improvisasse e tocasse a parte dela na bateria. A experiência e maturidade da banda que assina quase 20 anos de carreira fizeram com que os problemas fossem encarados com aparente naturalidade e bom humor.


O repertório contou ainda com Todos Estão Surdos, Interfone, Twiggy Twiggy, My Girl (em que John faz a marcação do baixo cantando) e Ska.


Para o bis, o grupo deixou Love Me Tender, que começa com uma caixinha de música à manivela tocada por Fernanda. A caixinha produz um som que remete a canções de ninar. Nessa hora, algumas crianças já estavam mesmo dormindo.


Embora os problemas técnicos tenham prejudicado o bom andamento da apresentação, o show teve um tom intimista e divertido. A proposta de fazer música com brinquedos é atendida e os arranjos são bem elaborados. Talvez, se o local de apresentação tivesse sido outro a banda não enfrentasse tantas falhas. A segunda apresentação foi no dia 8, sexta-feira. Se os problemas da estreia tiverem sido sanados, o espetáculo com certeza vale o ingresso. Mas vale mais para os pais.


Quero poder assistir outra vez, mas num local mais apropriado para receber uma banda como o Pato Fu.


Foto: Divulgação

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sob chuva, "Sua Incelença, Ricardo III" lota arquibancadas no Largo da Ordem



Digna. Esta é a palavra que pode resumir a segunda (e última) apresentação da peça Sua Incelença, Ricardo III, da Companhia Clowns de Shakespeare, no Festival de Curitiba, na quarta-feira (30). A única peça de rua da Mostra Oficial enfrentou um típico "problema" curitibano: o clima. Uma forte chuva começou exatamente às 19h, momento em que os atores fizeram do Largo da Ordem um palco.


A apresentação, aliás, quase não aconteceu. Com as arquibancadas e o chão lotados de pessoas ansiosas pelo início da peça, a chuva atrapalhou o sistema elétrico e os atores, já em cena, precisaram voltar à posição inicial. O diretor da peça, Gabriel Villela, pediu desculpas e paciência enquanto os técnicos tentavam encontrar uma solução. “Se conseguirmos arrumar o sistema de iluminação, a peça vai acontecer, com chuva ou sem chuva”, disse. Saiu desculpado e aplaudido.


Alguns minutos depois, as luzes voltaram e a peça começou novamente. A equipe corria de um lado a outro secando instrumentos, cobrindo o teclado e ajudando os atores a trocar as roupas encharcadas. Quem também se molhou foi a plateia, imóvel, sem se preocupar com a chuva que não parava de cair. Ah, e vale lembrar que guarda-chuvas e capas de plástico não ajudaram quem estava sentado na arquibancada. Afinal, ficamos todos molhados (me incluo nessa catergoria).


Entre as incelenças nordestinas e o rock clássico inglês, com menções à banda Queen, os oito atores cantaram e tocaram ao vivo, além de interpretarem mais de 15 personagens. No meio da peça as luzes novamente se apagaram. A plateia em uníssono soltou um “aaahh...” de tristeza. Talvez achassem que o espetáculo seria interrompido, mas os atores não pararam a apresentação. Mesmo no escuro e sem microfones, eles continuaram. E não demorou muito para o problema ser resolvido (de novo).


Mesmo com o texto shakespeariano arcaico e com toda a chuva comprometendo figurinos e cenários, a montagem se superou. Os atores se arriscavam com toda a parafernália elétrica em contato com a água e vez ou outra os microfones falhavam. Mas o esforço valeu a pena. Prova disso foram os dez minutos de aplausos da plateia, em meio a gritos de agradecimento à equipe por ter aguentado até o fim da apresentação. O elenco reverenciou três vezes. A água da chuva no rosto de algumas atrizes se misturou a lagrimas de emoção. Os guarda-chuvas nesta hora já começavam a se fechar: a chuva só durou até as 20h20, momento em que a peça terminou.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Meu respeito à cultura japonesa



Foram 4 anos trabalhando em uma empresa de origem japonesa. Suficientes para entender que, lá, eu era a Ana Furabia ou a Ana Siruba, já que a língua deles não inclui o L e o V. E o suficiente também para entender porque era tão importante andar pelas faixas desenhadas pelo chão do pátio da fábrica e tirar as mãos do bolso ao caminhar. Era regra. E por mais estranho que pudesse parecer, tinha fundamento.

Japonês é assim: toma cuidado com tudo. Toma cuidado com a vida.

Um dos meus professores da escola de mecatrônica uma vez contou sobre uma senhorinha em um ponto de ônibus no Japão, que ele viu juntando as folhas secas dos vasos de flores que enfeitavam o local. Era obrigação dela? Uma senhorinha? Não. Mas eles têm disso: não precisa ser obrigação.

E foi nesta empresa também que eu aprendi uma regra básica, que chega a soar engraçada, mas na prática é pior que uma equação matemática: "Um lugar pra cada coisa, cada coisa em seu lugar". O princípio dos "5S". E você, que está achando ridículo de simples, tente fazer isso em seu dia a dia (porque eu acredito que a cômoda do quarto não é o lugar da sua bolsa, é?).

Vendo as fotos de toda a destruição causada pelo maior terremoto dos últimos 140 anos do país (um amigo meu, que está em uma cidade no centro do Japão e sentiu os abalos, disse que lá eles classificam o terremoto como "Shindo 7", o último grau da escala japonesa), eu paro para perceber a organização deles: eles faziam fila (!) para usar os telefones públicos e dar notícias aos familiares. Fila, gente! Fora o que o comediante Luiz França anunciou em seu twitter às 13h (lá, por causa do fuso horário, é 1 h da manhã) "Acabamos de saber que às 3h da manhã vai rolar um terremoto forte, esperamos que não seja como o da tarde, vou tentar dormir.".
Eles já estão se preparando para o próximo, sendo que os estragos do primeiro ainda nem foram calculados...
Posso vir a queimar a língua. De repente amanhã os jornais anunciam saques ao comércio local, já
que os mantimentos começam a faltar. Mas preciso deixar registrado o meu respeito a uma cultura fantástica, de pessoas que não se atrasam, que levam a sério, que fazem acontecer.

Já rola pelo twitter: "O Japão reconstroi o país inteiro antes de o Brasil terminar um estádio para a Copa". E eu não duvido.
Com meu respeito e minhas orações.
Fotos: Reuters

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Mais um Crystal sem vida



O Cristal é um importante membro do reino mineral, tem uma estrutura atômica que segue padrões geométricos precisos. Já o nome Crystal tem um significado literal, e dizem que a criança que se chama assim é amável, criativa e expressiva. Nesta semana a imprudência no trânsito acabou com mais um de nossos cristais, uma menina indefesa de apenas 1 ano e 2 meses que tinha tudo pela frente.

A futura professora, futura jornalista, futura motorista, seria este o futuro da pequena Crystal? Infelizmente nunca vamos saber, agora quem terá tudo pela frente será o seu Moacir dos Santos de 52 anos, o suposto “AMIGO” da família.

Se a justiça não for feita, todos os dias Moacir vai acordar em casa, depois tomar café, e quem sabe até viajar, mas a pequena Crystal não terá a mesma oportunidade. Uma ou duas cervejas, um minuto de desatenção, e mais uma vida que se perde.

CHEGA, estamos cansados disto, o sofrimento desta mãe, desta família, a dor imensurável da perda, pois o verbo perder significa ficar sem o domínio, sumir, deixar, partir, ir embora. Ela foi embora, mas não queremos que outras crianças ou jovens sejam vítimas da irresponsabilidade de terceiros, não queremos mais ver tanto sofrimento nos olhos de uma mãe.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Recapitulando


Olá galera, em primeiro lugar queria desejar a vocês um Feliz Natal e um Ano Novo maravilhoso (atrasado, mas de coração).

Bom, como a minha amiga Ana já disse, estamos voltando com tudo e espero que vocês curtam nossas novas postagens.

Quem diria, já estamos no quinto período e muita coisa aconteceu. Mas tem muita coisa pra rolar ainda e é isso que vamos mostrar para vocês toda semana: a informação mais a nossa opinião com responsabilidade.

Em dois anos de blog, já postamos mais de 50 textos, e neste ano vocês vão continuar acompanhando a saga de duas jovens que daqui a dois anos vão concretizar um sonho, o de ser JORNALISTA.

Afinal um jornalista informa, e informação nada mais é que o resultado do processamento e organização de dados, de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa), é isto que vamos buscar pra vocês.

Desde já agradeço, e aguardem, pois o ano só está começando.

Abraço

(JMC)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Estamos de volta!

Faz tempo que não publicamos nada por aqui, mas eu garanto que não foi por falta de vontade_nem de ideias. Mania de criar texto na cabeça e não transcrever...

2011 começa cheio de novidades, estamos no 5º período! Minha nossa!

O tempo anda passando rápido demais por aqui... hehe

E junto com todas as novidades, temos também um compromisso: pretendemos postar um texto por semana, no mínimo. Firmamos um acordo. Em uma semana o texto é meu, na outra, da Jéssyca, e por aí vai.

E para começar, daqui a pouco eu jogo umas informações sobe o Festival de Curitiba. Estou animadíssima com a cobertura do Festival, que este ano traz suas mais de 300 peças entre mostra oficial, fringe, risorama, guritiba, etc...

De 29 de março até 10 de abril, Curitiba é teatro puro (e eu amo isso, claro).

Então fiquem ligados (ou conectados, como preferirem) e aguardem muitas novidades!

As ideias estão no chão: você tropeça e acha a solução (A Melhor Forma – Titãs)