sábado, 30 de abril de 2011


A cada ano que passa meus aniversários ficam mais nostálgicos, já que
as rugas, responsabilidades e dúvidas aumentam com a idade.

Como meu sábio pai diz “um dia você também vai ficar velha”, e eu não
discordo disto. Porque, logicamente, ele tem razão: a cada segundo
envelhecemos, e como já dizia Cazuza “ o tempo não para".

Aniversário! Existe coisa mais constrangedora do que ganhar abraços de
pessoas que nunca te disseram bom dia, ou ainda ter que responder a
temida pergunta de que todas as mulheres fogem: “quantos anos?”. É meu
caro e velho leitor, odeio rotinas e o aniversário nada mais é do que
uma rotina anual.

Confesso que até os 19 anos adorava essa data. Esta data querida, não
que eu a odeie agora, só gosto menos, porque pra mim era tão “jovem”
ter o “um” na frente.

Não que eu me ache velha, apesar de saber que eu nunca confessaria
isso, mas o ritual do aniversário me assusta às vezes.

Sigam meu raciocínio, por exemplo, as festas surpresas. Tem gente que
adora. Eu também gosto, mas meu Deus, sempre que isto acontece comigo
estou com uma roupa velha, sem tomar banho, sem maquiagem, ou seja,
sem parecer a aniversariante.

Bom, exageros à parte, fazer aniversario é bom, mas é melhor ainda
quando as pessoas que realmente importam lembram de você. Não precisa
de festa, de mensagens ao vivo, de declarações em público ou de faixas
gigantescas com sua idade, o mais importante é o companheirismo.

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